segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu escrevo o que eu quiser. Ou, sobre os lamentáveis incidentes me envolvendo entre os dias 31 de outubro e 3 de novembro de 2010.

Eis que, no dia 1º de novembro próximo passado, acesso minha conta pessoal do Gmail e, entre os milhares de spams de livrarias, noivas russas, comentários no Facebook e emails das listas malucas do Pintaúde, encontro 4 MDs do Twitter enviadas por @pepe_publi_pic, como tu pode ver aqui embaixo.








Tinha passado o fim de semana bem offline. Não tinha nem passado pelas redes sociais. Por mais que possa parecer um álibi furado, minha namorada, ou mesmo o Leo, amigo com quem divido uma casa, podem confirmar isso. Sei lá, namorada e amigo... Pode isso, Arnaldo?

Fui conferir os tweets do dia 31 e o que rolou foi bem engraçado, mas um pouco preocupante. Não chinelearia o Rafa Boher, e ele escreveu algumas coisas bem desagradáveis para mim – porque naquele momento ele acreditava que era eu.

Não conheço o senhor Alfredo Fedrizzi, não sigo o senhor Alfredo Fedrizzi no Twitter, nem me lembrava que ele existia, pra falar bem a verdade. De repente, o sujeito me aparece, todo valentão, convicto de que a pessoa que estava brigando com ele era eu e, não satisfeito, ameaçando com um advogado batendo na minha porta (que porta, cara-pálida?).

Tirei uma onda com o assunto. Troquei uma ideia sobre o assunto com meus bróders. A galera quer saber, deixa saber.

Nesse meio tempo, surge no Twitter um perfil: @esculachona, cuja bio é: severa oponente do Troll Duda Tajes.

Ora, façam-me o favor!

Troll? Eu?? Tão me acusando com base em @pepe_puli_pic ou @dudatajes?

Sei lá desde quando eu tô no Twitter. Meu primeiro amigo foi o Betão, @betoschmidt, e o segundão foi o Minwer @Minwer. Eu sei que eu tava trabalhando na Vossa, onde fiquei até fevereiro de 2008. Minha conta talvez seja de 2007.

Nesse tempo todo, eu sempre escrevi o que quis, do jeito que eu quis, sendo grosseiro, depressivo, antipático, cretino e tudo que sou na vida real, incluindo ser sincero e porra louca.

Não sigo pessoas que não gosto e me chateia receber retweets das pessoas que eu detesto. Às vezes me chateia tanto que tiro uma onda desses retweets, mas sempre com @dudatajes. Se o ofendido quiser deixar de ser meu amigo, ótimo. Provavelmente ele já não era.

Voltando ao fatídico dia 1º de novembro de 2010, alguém que já me detestava, ou alguém ligado a alguém que se sentiu ofendido pela confusão, tornou-se @esculachona. Lá pelo dia 3 este perfil passa a me seguir e, como faço com tudo que me segue, fui atrás. Mas tava no meio de um trampo e não fui conferir os twetts. Vi alguns retweets do @esculachao e não entendi direito, porque ele geralmente pega no pé imediatamente. Ainda brinquei com ele sobre isso. Só depois descobri que @esculachona acreditava também que eu era o próprio @esculachao, como você poderá ver a seguir.

Minha troca de ideias com ela (ou ele?) se resume ao dia 3, quando vi que ela escreveu para @pepe_publi_pic e para mim. Segue:

"Morreu? @PePe_PubliPic Cadê você? @dudatajes pra ti fica o exilio em SP, né? Burro que usa o nome pra trollar,so volta pro RS como GARI"

Não entendi muito bem a parte o que ela queria dizer, mas achei divertido. Respondi algo sobre minha incapacidade de passar num concurso para gari e sobre minha preferência pelo tráfico. A partir desse dia, nunca mais escreveu nada.

Fui ver os tweets e havia uma boa pesquisa sobre minha vida, incluindo Facebook e LinkedIn, mas sempre substituindo meu nome por @esculachao, ou usando os tweets dele, como se as gente fosse a mesma pessoa. Tente entender.

Para uma foto da minha namorada, ela troca meu nome.

“Se ela buscar por http://www.facebook.com/dudatajes conhecerá suas fotos Gays RT @esCulachao Depois ela quer que eu não me apaixone por ela.”

Cara, eu sou o primeiro a fazer piada com o meu jeito não muito másculo. E minha namorada conhece todas as minhas fotos, inclusive algumas bem mais gays do que as publicadas no Facebook. E todas elas são públicas e visíveis aqui. Fazem parte de um tema do site/comunidade/revista.

Mas vamos adiante, agora num tweet do @esculachao:

“Já pensou em ir pra baixa Augusta Duda? RT @EsCUlachao Pois é...um bom sexo cairia bem nesta tarde monótona de trabalho.”

Mas o que é que eu tenho com a vontade do outro cara de fazer sexo? Em tempo, o Baixo Augusta é um barato. Se @esculachona for homem, já deve ter andado por lá.

Bom, também desfez dos meus 20 anos de trabalho:

“Na passarela do desfile intelectual dos fracassados de hoje: http://br.linkedin.com/in/dudatajes”

Sei lá o que quis dizer com isto. Seria eu um intelectual? Não acredito. Seria uma alusão a eu me considerar um intelectual? Bom, essa é uma opinião equivocada. Quer me chamar de fracassado? Eu também acho. Infelizmente, alguém que tem 12 seguidores, incluindo o @esculachao e eu não deu nem visibilidade no meu perfil. Saco.

E por aí foi a loucura da pessoa. Tu pode ler tudo. É só vir aqui.

Fato: esta pessoa é fraca. Se quer me tirar do sério, precisa se esforçar, fazer um brain bastante extenso, apresentar para o Diretor de Criação, ter tudo reprovado, fazer mais até ficar realmente cruel, apresentar para o presidente da porra da empresa onde trabalha e daí postar. Ou tem que me pegar num dia muito envenenado, que é bem mais raro atualmente.

Conversei com o Rafa Boher sobre o incidente. Acho que ele acreditou que eu realmente não sou @pepe_publi_pic. Ou ele acha que eu sou cínico pra caralho e deixou por isso.

Para os cinco amigos do Rafa em São Paulo que disseram que eu era @pepe_publi_pic, o meu sonoro “tomar no cu, seus cuzões”.

Para o cara da Escala que ligou para sondar com o Beto Schmidt se eu era mesmo o @pepe_publi_pic, meu mais sincero desprezo. Quão baixo alguém pode chegar para bajular o chefe, amigão?

Obviamente, o senhor Alfredo Fedrizzi não se manifestou sobre o ocorrido. Afinal de contas, ele não me conhece e eu não o conheço, eu sou um operário da comunicação e ele é um empresário, ele tirou conclusões equivocadas a meu respeito e nunca vai descer do seu pedestal para pedir desculpas pela sua estupidez.

Senhor Alfredo Fedrizzi, tô cagando para as suas ameaças e para o emprego que o senhor poderia me dar um dia, se o resultado do meu fracasso profissional me levar de volta a Porto Alegre, capital do mundo. Se isso é motivo para processo, agora temos um post no meu blog, com links no twitter, facebook e linkedin. Como tudo que eu sempre escrevi, com o meu próprio nome.

Tanto ao Rafa quanto ao senhor Alfredo Fedrizzi, peço, com a educação que não me é peculiar: se algum de vocês é responsável direta ou indiretamente pelo perfil @esculachona, acho que é hora de apagar. Embora eu acredite que ela não vá escrever mais, tenho um filho de 13 anos que usa o twitter e não acho bonito que ela veja meu nome envolvido nessa baixaria, tão típica de pequenez portoalegrense, que ele ainda não conhece tão bem quanto nós.

Por fim, só não lamento completamente o ocorrido por ser o cara que tem razão nessa loucura.

De qualquer jeito, parabéns a todos os envolvidos.