Ela pegava meu pau, apertava minhas bolas e gemia. Gemia alto, fazia muito barulho para o que a gente tava fazendo. Eu aproveitava pra enfiar a mão por dentro do shortinho dela, apertar a bunda, mexer nos pentelhos. Até que ela disse não, é melhor parar, eu não posso fazer isso com o meu namorado.
Porra, eu tava em casa ouvindo futebol no rádio quando ela me ligou. Insistiu pra eu ir na casa dela, que ficava do outro lado da cidade. Só fui porque achei que ela queria me dar, e eu era fissurado nela. A cara era feia, mas o rabo, as pernas e o peito eram legais pra caralho. Como era pra ser só pra uma foda, até que valia pegar dois ônibus.
O papo da mina era completamente absurdo. Tinha pensado que ia conseguir trair o namorado que estava na praia, mas não podia. Era apaixonada por ele. E eu, que vim de Ipanema até o Jardim Lindóia, tinha sido muito importante. Afinal, eu já tinha ficado com ela umas vezes, ela tinha interesse por mim. Se nem assim ela conseguia trair o namorado, era amor de verdade. Eu não tava com o menor saco de questionar. Beijar na boca, levar um vagabundo pra casa, agarrar o pau. Se isso não é trair, meus conceitos estavam meio ultrapassados.
Daí ela queria continuar de agarramento. Eu não queria mais. Vamos dormir, eu disse pra ela. Foi daí que começou a segunda parte do drama. Era a noite mais quente dos últimos tempos e a gente tava dividindo uma cama de solteiro. O ventilador, definitivamente, não dava conta. E aquela mina filha da puta, que não quis me dar, ficou esfregando o rabo enorme no meu pau e dormindo. Tive vontade de bater uma punheta e gozar na cara da cadela só pra sacanear. Pensei melhor. Não valia o desperdício de porra.
Tudo já era suficientemente ridículo até meu siso começar a doer. Nunca doía. Só uma vez por ano. Justo na noite mais quente e mais frustrante, aquela dor fodida resolveu aparecer. Eu suava, me equilibrava na cama de solteiro com uma mina que não era nada mais que um rabo e uns peitos e sentia aquela dor. Tudo muito surreal. O tempo não passava e eu só queria que amanhecesse de uma vez, porque naquela hora eu não conseguiria pegar um ônibus até o Centro e, muito menos, outro até Ipanema.
Quando amanheceu eu tava completamente destruído. Olheiras, dor de cabeça, o saco inchado, a boca doendo. A mina veio toda romântica pro meu lado, mas eu disse desculpe, tenho que me mandar.
Tava descendo no elevador com dois velhos, bem velhos. Apesar dos óculos escuros pra disfarçar as olheiras, acho que a minha cara tava tão horrível que eles não paravam de me olhar. Porra, tio, aquela mina do 703 fode feito uma macaca. E o velho ficou me olhando sem jeito. Foda-se. Eu só queria chegar em casa logo e tomar um remédio pra porra do meu siso.
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