terça-feira, 13 de julho de 2010

Pra nós, faltou fé. (umtextopordia.blogspot.com)

Ok. Os Estados Unidos começaram mais uma guerra patética. Montaram aquele circo enorme no meio do deserto pra roubar o petróleo do Iraque, valorizar o dólar e implementar o conceito deles de "liberdade". Um conceito de liberdade meio estranho, porque não respeita a dos outros.

Pois é. Essa liberdade que eles vão impor ao Iraque, já foi imposta na América Latina, na época dos golpes militares. A vantagem era o medo do comunismo que assolava nossas forças armadas. Eles tocavam o terror nos milicos, que faziam toda a merda sozinhos. Faziam porque tinham medo dos comunas, porque queriam poder, porque não amavam o país porra nenhuma e, principalmente, porque não tinham fé.

Ou seja, os Estados Unidos nunca fizeram aqui uma palhaçada como a que estão fazendo hoje no Iraque porque não foi preciso. Porque nosso exército e nossa classe dominante eram compostos por uma escória, um bando filhos da puta que ficaram vinte anos no poder favorencendo os ricos, massacrando quem pensava diferente e fodendo com a vida do povão. E não me falem em milagre econômico. Olha onde ele veio parar.

No Iraque é diferente.

Eles são fiéis. Fiéis a Alá, ao presidente, ao país. Eles vão apanhar, vão ser massacrados, vão perder o petróleo e a autonomia. Daí vão ser livres como os americanos. Vão ser tão felizes quanto os brasileiros, os chilenos, os uruguaios e os argentinos foram durante os regimes militares. Mas eles não vão fazer essa merda por conta própria como nós, malditos cucarachas. Eles vão espernear.

Por isso, essa história pode acabar sendo como as tentativas americanas em Cuba, na Coréia do Norte e no Vietnã. Os Estados Unidos podem não ganhar a guerra, como se fosse possível alguém ganhar uma guerra.

Daí o gigante vai mostrar mais uma vez para o mundo que assusta mais pelo tamanho do que pela habilidade pra matar. Mais pela brutalidade do que pela astúcia. Eu vou torcer sinceramente para que isso aconteça, apesar de não concordar em nada com o Saddam Hussein.

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